Em uma sala de aula podemos encontrar pessoas completamente diferentes. Das mais quietas às mais falantes, todas merecedoras de nossa atenção. Para todas, precisamos estar preparados para enfrentar as dificuldades de lidar com este tipo de comportamento, de forma que todos se sintam contemplados e realizados ao longo de sua trajetória escolar.
O período escolar é repleto de conflitos, dilemas, fracassos e frustrações, mas também é repleto de conexões boas, conquistas e momentos únicos que vão marcar a vida daquele jovem para sempre. Seja o primeiro gabarito ou até mesmo aquela professora que diz algo que muda a forma de enxergar as coisas. É um ambiente rico de aprendizagem, não apenas as didáticas, mas também as de vida. “Muito do que sou, aprendi nesta fase” é uma frase que ouvimos e falamos muito, não é? Justamente porque é esse o momento em que estamos desenvolvendo nossa identidade..
Por isso nossa presença é tão essencial. Nem sempre os jovens são capazes de dar conta de tudo sozinhos e precisam do nosso apoio e compreensão. Às vezes, esse jovem não tem com quem conversar, nem quem o apoiar, só pressioná-los. Cabe a nós enxergar a fragilidade de cada um. Não existe “receita” para estereótipos de alunos, todos devem ser tratados conforme suas individualidades.
Nossas histórias de vida e a forma como lidamos com elas vão moldando nossas ações. Cada um reage a um mesmo acontecimento de forma diferente e a isso devemos estar atentos. Por exemplo, um aluno que sofre grande pressão dos pais e só tira notas altas, vai sofrer muito mais com uma nota na média do que um aluno que não tem a mesma atenção ou cobrança dos pais. Esse primeiro aluno está em constante competitividade consigo mesmo, já um segundo precisa de um empurrão para se esforçar mais, buscando uma motivação maior, visto que a mesma não surge em casa e nem em si.
Em suma, devemos estar prontas para tudo. Nenhum aluno é igual, portanto não existe uma fórmula mágica de resolução de problemas em sala. Questões da vida de cada um podem tornar aquele aluno mais ou menos agressivo, mais ou menos tímido ou até mesmo mais ou menos concentrado em seus afazeres.
O que importa não é o que aquele aluno apresenta, é porque ele está se mostrando daquela forma e como você irá agir em conjunto com ele e, possivelmente, seus familiares a partir daí. O contato com a família pode ser essencial, levando em consideração que às vezes o problema ultrapassa as barreiras do colégio.