logo-img
  • Home
  • Sobre mim
    • Trajetória Profissional
  • Consultório
    • Atendimento crianças. adolescentes e adultos
    • Orientação Profissional
  • Palestras e Cursos
  • Diário de Bordo
  • Contato
15 de julho de 2021

FILHOS DE ISTAMBUL: onde a invisibilidade da dor cotidiana se encontra com a nossa

Título original do filme: Kagittan Hayatlar

Direção: Can Ulkay

Roteiro: Ercan Mehmet, Erdem

Elenco: Çağatay Ulusoy, Emir Ali Dogrul, Ersin Arici, Turgay Tanülkü, Selen Öztürk

Onde assistir ao filme ‘Filhos de Istambul’: Netflix

Data de estreia: sex, 12/03/2021

País: Turquia

Gênero: drama

Ano de produção: 2021

Duração: 97 minutos

Classificação: 16 anos

Esta semana assisti, pela Netflix, “Filhos de Istambul “.

Como não sou crítica de cinema, me permito a liberdade de comentar o filme, apenas da perspectiva de quem se deixou impactar por ele.

O fato de ser um filme turco e não uma produção audiovisual norte-americana chamou minha atenção de antemão. É claro que este fato não imunizou o drama turco de uma dose de “romantização” do cotidiano cruel de uma população que vive à margem da riqueza da cidade de Istambul, capital da Turquia. Qualquer semelhança com as grandes cidades brasileiras é  “mera coincidência “. O fato, é que a história poderia ter acontecido aqui.

A fotografia lança mão de recursos de iluminação que atenuam a escuridão de vários cenários onde o filme se passa. Uma “claridade” e o uso de luzes com tons vivos e luminosos tornam, o que se escancara na trama, mais palatável ao público médio.

A história retrata a vida de Mehmet (Çağatay Ulusoy) o líder de uma cooperativa de catadores de lixo em Istambul, que oferece trabalho a crianças e jovens em situação de rua. Na ausência de uma mãe ou de cuidados, caem na invisibilidade diante do desamparado de sua condição primordial.

Mehmet necessita de um transplante de rim e está muito doente. Porém, sua saúde terá de esperar: após encontrar dentro de um saco de lixo o garoto Ali, decide ajudá-lo a procurar pela mãe.

Temas como a fome,  o abandono, a vulnerabilidade e a solidão nos lembram como uma realidade econômica globalizada faz com que os mesmos não sejam uma exclusividade de uma ou outra nacionalidade.  Onde houver seres humanos, haverá miséria humana.

Uma cena, no início do filme é bastante emblemática. Um carro de luxo vê seu fluxo interrompido pelo “carro de mão” do catador Mehmet. Ignorando as condições de trabalho do catador, o motorista faz soar uma buzina estridente.  A pressa e a falta de empatia, desconsideram as condições em que aquele ser humano vive, tal qual vemos inúmeras vezes no cotidiano de nossas cidades, no Brasil.

Outra cena importante é o olhar com que o pobre e obstinado Mehmet observa a janela de um apartamento sobre o qual só compreenderemos ao final da trama. 

Em seu tema central, há a narrativa sobre a convivência de Mehmet e Ali na miserável vida de órfãos que cresceram, catando papel pra sobreviver, ao passo em que tentam encontrar a mãe do garoto. Nesta relação se encontram as dores da rejeição, a esperança do reencontro e resgate, as mazelas que uma vida de dor e sacrifícios pode trazer aos sujeitos.

É um filme que vale a pena ser assistido. Mais informações e entraremos no terreno dos “spoilers” e este não é o meu objetivo, aqui.

Assistam! 

Por fim, registro a frase que abre o filme, o dedicando às crianças e lembrando que “onde todos choram, o riso acaba sendo cruel“.

Bem assim…

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sobre

Psicóloga, psicanalista, orientadora profissional e palestrante.

  • (21) 99113-3522
  • psi@claudiagindre.com.br

Acesso Rápido

  • Sobre mim
  • Trajetória
  • Atendimento a Crianças, Adolescentes e Adultos
  • Orientação Profissional
  • Palestras e Cursos
  • Diário de bordo
  • Contato

Redes Sociais

Copyright © 2021  Claudia Gindre - Todos os direitos reservados.