No Brasil, os projetos escolares se iniciaram a partir da expansão da “Escola Nova”, que questiona os princípios da educação tradicional, oferecendo alternativas que incluem de forma mais cotidiana a atividade do educando na ação educativa. Eles surgira num contexto mais democrático no tange a participação do aluno, estimulando seu
protagonismo no processo educativo.
O trabalho com projetos constitui uma das posturas metodológicas de ensino mais dinâmicas e eficientes, sobretudo pela sua força motivadora, aprendizagens em situação real e trabalho em cooperação. Mas, afinal, o que é um projeto na escola?
Ele propicia a conexão de várias áreas do conhecimento, fazendo com que a aprendizagem se torne significativa para o educando. Com os projetos, os professores têm a oportunidade de utilizar diferentes métodos que se adequam á demanda daquela sala de aula.
Quando há um desenvolvimento eficiente dos projetos escolares, o aluno constrói habilidades ligadas à cidadania , se tornam mais ativos no caminho da construção de conhecimento, em geral e são capazes de enfrentar situações-problema, com as quais inevitavelmente, irão se deparar no seu cotidiano.
Os projetos devem surgir de forma lúdica e podem ser pensados e construídos junto com o aluno, contribuindo no desenvolvimento do aprendizado. Porém, deve haver um estudo anterior em relação ao que é necessário de acordo com a demanda daqueles alunos e isso exige tempo e dedicação. Existem também projetos que são determinados por órgãos externos à escola, entretanto, não costumam ter um impacto significativo, já que, sua imposição pode esvaziar o trabalho, de sentido para o estudante. Então, como devo começar a organizar e elaborar um projeto escolar?
Primeiro, se deve pensar no objetivo de superar as práticas mais arcaicas da educação e as substituir por uma prática contextualizada e prazerosa que gere aos alunos situações de aprendizagem reais e significativas por meio do trabalho dos conteúdos de forma indisciplinar e contextualizada. Podemos começar criando a problematização que será construída coletivamente e os alunos irão debater sobre ela.
Em segundo lugar, deve-se ter em mente que os professores devem se perceber no lugar de quem vai instigar a sua classe para que, em vez de transmissor de conhecimentos, sejam mediadores entre os mesmos e sua turma.
A autenticidade também é fundamental, pois o mesmo precisa contemplar a singularidade de cada turma. E, por último, há a necessidade de manter a pluralidade desse trabalho, já que há diversas formas de se chegar ao conhecimento e o projeto é uma proposta que garante a flexibilidade e diversidade de atividades. Tudo o que foi dito até aqui, são princípios que devem orientar o fazer entre as equipes de professores.
Como psicólogos escolares, entretanto, na esteira dos princípios que apresentamos, precisamos encontrar espaços e estratégias de intervenção, que contemplem as necessidades dos estudantes e aqueles temas que desejamos trabalhar.
E você? Já pensou em realizar projetos na área de Psicologia Escolar?