Apesar de não muito comentado, toda escola deve apresentar um projeto pedagógico, sendo considerado de extrema importância para o planejamento da proposta oferecida pela instituição.
“Mas o que é um projeto pedagógico?” Você deve estar se perguntando.
O projeto pedagógico, ou projeto político pedagógico (PPP), é um documento que apresenta as diretrizes, metas almejadas e atividades a serem realizadas. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, esse projeto é obrigatório para todas as escolas.
“Se é obrigatório, por que nós, psicólogos, devemos nos preocupar com ele?”.
Bem, não é que haja exatamente uma preocupação com ele. No entanto, muitas instituições e profissionais acabam não relacionando o trabalho do psicólogo escolar com o PPP, pois pré estabelecem que tudo o que precisam já está previsto nele. Apesar de o projeto funcionar como um roteiro, existem assuntos que o psicólogo vai saber orientar de uma maneira melhor, graças a sua formação específica.
O projeto pedagógico estabelece uma base comum de responsabilidades compartilhadas por toda a comunidade. Quando feito de maneira zelosa, ele contribui para a valorização do professor, do funcionário e do aluno, permitindo que ocorra uma plena realização da instituição. E eu te pergunto, quem é a pessoa que tem contato com todos esses grupos todos os dias? O psicólogo escolar.
Quem vai servir de ponte entre os grupos, conectar os acontecimentos, oferecer uma visão neutra e orientar as partes em possíveis conflitos? Exatamente!
Além disso, as tarefas de um psicólogo escolar em conjunto com o que o projeto pedagógico propõe irão alavancar a qualidade de ensino de uma instituição. Por exemplo: a vida está encarregada de nos proporcionar experiências que nos ajudarão a desenvolver nossas habilidades sociais, certo? E qual o melhor lugar para desenvolvê-las se não a escola? Ajudar a identificar e avaliar essas habilidades e até mesmo intervir, se necessário, é um papel de alguns psicólogos.
Sem dúvida, esboçar um projeto pressupõe um equilíbrio sutil, tornando indispensável a participação de educadores qualificados. A presença deles vai tornar o documento mais robusto e relevante para a escola. Logo, profissionais que se beneficiem da formação em psicologia têm muito a acrescentar nesse processo.