Pensemos em uma vida nas florestas. Existe uma série de espécies de animais. Uns que correm, outros que escalam, outros que nadam nos rios, voam entre as florestas, etc. Se pensarmos nos pássaros, existem aqueles que são pequenininhos, outros maiores, que possuem asas menos ou mais robustas, com penas em maior quantidade ou em menor quantidade. Existem aqueles que assim que saem do ninho, voam direto e aqueles que levam um tempo a mais para abrirem as asas e voar.
É exatamente assim que acontece no ambiente escolar. Cada aluno tem seu tempo de aprender: uns assimilam mais rápido e outros levam mais tempo para aprender.
No entanto, os pássaros que demoram a voar ou voam mais baixo não o fazem porque são preguiçosos, é simplesmente da natureza deles; o mesmo acontece com as crianças. Nesse caso, eles podem estar se debatendo com alguma dificuldade de aprendizagem ou, em um âmbito maior, caracterizando os transtornos.
Transtornos de aprendizagem:
O transtorno de aprendizagem nada mais é que um conjunto de condições neurológicas que afetam o aprendizado de um indivíduo. Existem alguns mais comuns de serem encontrados nas escolas, como é o caso da dislexia, discalculia e transtorno de déficit atenção com hiperatividade. Existem algumas condições que também podem levar a esse transtorno, como questões emocionais e socioeconômicas.
Estes transtornos podem ser adquiridos ao longo da vida, congênitos ou ter origem genética. Além disso, existem algumas causas mais específicas ocorridas no período da gravidez que podem levar a isso, como:
- Uso de drogas tóxicas durante a gestação
- Complicação durante a gestação ou no trabalho de parto
- Problemas neonatais
1. Dislexia:
Pessoas com dislexia apresentam dificuldade para ler e escrever, podendo ser por conta de problemas para reter informações e compreender conceitos considerados simples acompanhados de falta de atenção. Estas costumam trocar as letras de lugar, tanto ao ler quanto ao escrever, e em alguns casos mais graves não conseguem escrever o que escutam. Apesar disso, ela pode se destacar em outras áreas que não envolvem tanto as letras, como a área artística e das ciências exatas.
2. Discalculia
Pessoas com discalculia têm dificuldade para aprender matemática, para elas, compreender o raciocínio por trás de todo cálculo é muito mais complexo. Isso ocorre por conta de um senso número mais fraco do que os de pessoas que não apresentam tal transtorno. Em decorrência disso, realizar exercícios dessas disciplinas que exigem cálculos causam grande ansiedade na pessoa. Cada um é afetado de uma forma, mas a maior parte não consegue se recordar de fatos numéricos simples, portanto não consegue fazer operações matemáticas, ler as horas nem compreender a função do zero.
3. TDAH
O TDAH é um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Este é o mais conhecido no ambiente escolar. Consiste em uma dificuldade de concentração muito grande na hora das aulas, provas e atividades acadêmicas. Além disso, a criança apresenta mudanças comportamentais, demonstrando ansiedade, inquietação e agressividade. É normal que pessoas que apresentam esse transtorno cometam erros em provas por desatenção, fazendo com que a nota seja baixa, independente do quanto tenha estudado.
4. Hiperfoco
O hiperfoco muitas vezes vem junto do TDAH. É definido como uma concentração intensa e sustentada sobre algo que lhe desperte grande interesse. Pode parecer um sintoma favorável, mas a consequência disso é que elas acabam esquecendo do que está acontecendo ao seu redor. Além disso, podem, sem motivo algum, perder completamente o interesse naquela atividade. É o sintoma oposto da distração, também causada pelo TDAH. Acredita-se que a causa destes sintomas são os baixos níveis de dopamina, que é um neurotransmissor ativo nos lobos frontais do cérebro.
5. Anorexia Nervosa
A anorexia é um distúrbio alimentar que faz com que a pessoa tenha uma visão distorcida do seu corpo, acreditando estar com um peso mais elevado do que o da realidade. Isso gera uma obsessão por seu peso e pelo que come. Esse transtorno se manifesta principalmente nas mulheres que sofrem uma pressão social maior sobre seus corpos. Como consequência a pessoa deixa de se alimentar e passa a praticar exercícios físicos em excesso, o que pode levar à morte em casos mais graves. É preciso estar sempre acompanhando a alimentação destes para que nunca falte nutrientes essenciais. Acompanhar o IMC também é de grande importância, pois nem sempre todo aquele alimento será retido. O IMC deve ser superior a 17,5 kg/m2.
6. Bulimia Nervosa
Muitos confundem a bulimia com a anorexia, mas elas funcionam de forma totalmente diferente. A pessoa com bulimia não evita o consumo de alimentos, na verdade ela possui episódios recorrentes de alimentação excessiva. Após estes episódios, elas evitam o ganho de peso através de processos compensatórios como: provocar vômito, uso de laxantes e diuréticos, jejum, exercícios excessivos e diversos outros que causem um emagrecimento de forma rápida e nada saudável. Este transtorno também afeta em sua maioria mulheres entre 18 e 48 anos, alcançando até 3% desta camada social.